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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

“Como assim?” Perguntei desconfiada. Ele apenas riu, um riso quente. Fiquei quieta esperando uma resposta.
“Álcool é um inibidor químico. Só que a primeira coisa que ele inibe no organismo humano são os inibidores naturais, que reprimem vocês. Por isso vocês ficam relaxados e desinibidos quando bebem. Acho que vai ser bom, afinal eu quero você completamente desinibida. Já que vamos aproveitar...” E dizendo isso, ele piscou um olho, o rosto transbordando sugestões.
“Ei, eu não costumo beber, você sabe! Posso passar mal...” Tentei escapar da experiência, mas minha própria voz não tinha muita convicção. Eu estava começando a achar a idéia atraente, apesar de pensar que gostaria de passar pela experiência o mais sóbria possível...
“Eu cuido de você. Vá, seja uma boa menina. Tome tudo”, e novamente me estendeu a taça. Dessa vez encarei o desafio, e bebi tudo de uma só vez. O calor do álcool explodiu em minha garganta, me levando às lágrimas e me fazendo tossir. Que romântico. Onde eu estava com a cabeça? Nunca bebera assim na minha vida, exceto um ou dois goles em alguma comemoração. Ele sorriu e encheu a taça de água. Me entregou. Bebi rapidamente, por causa da sede. Depois ele encheu novamente com mais champanhe. Inspirou profundamente, sentindo o aroma da bebida.
“É bom”, ele disse. “Mas nem se compara com você. E é melhor quando está derramado na sua pele. Aí fica quase perfeito”.
“Quase?” Me perguntei em que poderia melhorar.
“É, quase. Só é perfeito quando não tem nada em cima de você para atrapalhar. Mas aí é mais difícil eu me segurar...” ele disse em tom casual, como se as conseqüências de ele não se segurar não fossem nada demais. Era intrigante e ao mesmo tempo um pouco assustador conviver com aquele lado despreocupado de Edward. Afinal, ele era o predador.

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