Quando terminei com os braços desci para as pernas, ela permanecia sentada em meu colo, então mudei de posição e a coloquei deitada de costas no banco, sobre a toalha, e me ajoelhei ao lado dela enquanto deslizava as mãos pelas pernas de cima a baixo até os pés, memorizando cada detalhe, cada imperfeição, cada dedo, a textura da pele, a firmeza dos músculos, as curvas, a delicadeza, a fragilidade dela sob minhas mãos. Percebi que algumas vezes a toquei com muita força, ela não reclamava, mas eu percebia; aos poucos fui aprendendo o que tinha que fazer, a pressão que podia usar, a forma que ela mais apreciava. O Leão e o cordeiro. Mas dessa vez era o próprio cordeiro quem se sacrificava. Se bem que, eu tinha que admitir, ela estava gostando bastante. Não parecia um grande sacrifício... Por enquanto.
Evitei outras áreas propositadamente, antes que o controle nos fugisse. A noite ainda era uma criança, e aparentemente a satisfação que ela alcançara enquanto estávamos na praia havia diminuído um pouco sua urgência. Quando me dei por satisfeito, ergui-a novamente, e a levei até o chuveiro, para que retirasse o excesso do óleo. Ao ver a expressão de prazer em seu rosto não consegui me conter, colei meu corpo no seu, sentindo a pele dela deslizar contra a minha, e a beijei até ficarmos ambos sem fôlego nenhum, enquanto as mãos delas deslizavam por mim já com certa desinibição; sem fôlego era modo de dizer, já que eu não respirava, mas meu peito queimava, e a boca ardia de desejo, seca. Quando falei, as palavras saíram com dificuldade, entrecortadas.
“Bella... assim... nós vamos... acabar pulando as etapas.”
“Etapas?” Foi só o que ela conseguiu balbuciar, enquanto colocava a mão no peito, como se estivesse sem ar depois de correr por muitos metros.
“Você vai gostar. Vai ficar quietinha?”
“Ei! Eu não fiz nada dessa vez! Você me agarrou!” Ela protestou, e estava certa. Eu é que havia me adiantado.
“É verdade. Vamos, então?”
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