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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ela ergueu a mão em um movimento suave e passou pela minha testa, e sorriu levemente. Quando ela falou, sua voz traía a exaustão, mas o sorriso em seu rosto apagava todo o resto.
“E você querendo me negar isso tudo...?” Havia brincadeira e provocação na voz, e um pouco de censura.
Abracei-a de leve, colocando seu rosto em meu peito, aninhando o corpo dela junto ao meu.
“Bella... Você sabe que eu não podia ter certeza. Não vamos começar com isso de novo.”
“Desculpe, Edward.” Notei o tom constrangido de sua voz e a apertei com mais força. “Era uma espécie de brincadeira.”
“Eu sei, meu amor. Mas você realmente não devia brincar tanto com essas coisas assim.” Não consegui evitar o escorregar de minha mão por suas costas. Na verdade eu não queria evitar, mas queria dar tempo para ela se recuperar de tantas coisas. Ela se contraiu toda sob meu toque.
“Alguma coisa errada?” Virei seu rosto para mim, procurando um sinal de algo errado. Já estava começando a ficar tenso novamente.
Ela ficou vermelha. Muito vermelha. De novo. Não entendi muito bem o porquê. Ela estava envergonhada do que havíamos feito, ainda? De quantas maneiras ela ainda conseguiria me surpreender?
“Não, nada errado... É que...” A vermelhidão conseguiu se intensificar ainda mais. “Você parou e eu ainda não tinha... Você me fez perder o ritmo e eu...” Ela não conseguiu terminar a frase, mordendo o lábio, lindamente envergonhada, os olhos baixos.
“Por isso que você reagiu assim quando eu toquei suas costas?” Eu ia descobrindo como o corpo dela funcionava, maravilhado.
Ela acenou com a cabeça. Eu fiz com que ela virasse na cama, deixando as costas ao meu alcance. Percebi a tensão dos músculos quando a toquei, mesmo de leve. Um sorriso veio involuntariamente a meus lábios. Então ela ainda estava com milhares de estímulos agindo sobre seu corpo, condensados. Eu não conseguiria dizer, pela calma que emanava dela. Acariciei suas costas com a ponta dos dedos, começando no centro e subindo até a nuca, por sob o cabelo desalinhado.

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