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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Naquele momento ele era exatamente o predador perigoso contra o qual ele sempre me alertava, que sempre o preocupava. E então ele voltou, e se afastou de mim. Me senti solitária. Soltei o suspiro que estava prendendo, e o observei procurando alguma reação, alguma pista de como ele estava se sentindo. Ficou imóvel como uma estátua, olhando para o horizonte. Depois olhou para mim com uma expressão vaga e distante.
Eu precisava dizer algo, e foi o que meu coração sentia como verdade absoluta.
“Eu te amo, Edward”. Era verdade absoluta. “Não tenha medo, você não vai me machucar”. Para mim aquilo também era verdade. Eu apenas não podia acreditar que ele pudesse me ferir. E caso acontecesse... Descobri naquele momento que estava disposta a morrer se fosse por suas mãos, seus dentes, sua boca. Então eu seria completamente dele. Sei que isso era errado, insano, mas quantas coisas não haviam sido desde que nossa história começara...? Seria apenas o desfecho perfeito para o estranho amor entre um vampiro e uma humana.
Ele me olhou novamente, e só nós dois existíamos no mundo. Ele me olhou como se estivesse me descobrindo pela primeira vez; eu sentia como se fosse. Reconheci também em seu olhar aquele sentimento que eu temia ver desde o início: medo de me perder, dúvida. Ele estava hesitando.
“Bella”, ele começou a dizer, mas eu o silenciei com um beijo que nunca me permitira antes. Não havia palavras para dizer a ele tudo que eu queria, então cruzei dedos imaginários na minha mente e torci para que meu corpo conseguisse transmitir toda a confiança, toda a vontade que eu tinha, o quanto aquilo tudo estava sendo importante para mim. Ele, que sempre era tão mais rápido, mais forte, mais perceptivo, mais resistente... Saber que eu tinha o poder de quebrar seu controle nos deixava em pé de igualdade. O amor se tornava um campo de batalha no qual tínhamos forças parecidas. Naquele momento, em que eu o conduzia pela mão e o fazia sentir humano mais uma vez, nós éramos iguais.

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