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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A pele estava salgada, úmida, e fui explorando a nuca com a língua, fazendo traços em direção à orelha, e senti o corpo dele se enrijecer sob minhas mãos, enquanto eu passeava com elas explorando cada pedaço pelo qual elas ansiavam. Percorri a parte interna do braço, os ombros perfeitos, depois voltei até a ponta dos dedos, que se entrelaçaram aos meus enquanto eu continuava o caminho com os lábios. Decidi ousar um pouco, mordendo a ponta da orelha com cuidado, apesar de saber que aquilo jamais o machucaria. O efeito, no entanto, foi inesperado. Ele apertou minhas mãos com força, me fazendo gemer assustada em protesto. Ele imediatamente me soltou e ficou estático, parado. Senti a tensão mudar em seu corpo, para algo diferente.
“Desculpe, Bella. Machuquei você?” Ele tentou se virar e me encarar, mas eu o segurei no lugar, e continuei com os lábios em sua orelha.
“Não, Edward. Só me assustei, não imaginei que você fosse reagir assim”. Fiquei feliz por ele não conseguir ver meu rosto, intensamente ruborizado. Ele pareceu relaxar, então.
“Você não tem idéia dos efeitos que está me causando, amor. Talvez mais tarde eu possa tentar lhe mostrar”. Apesar de não ver seu rosto eu podia sentir o meio-sorriso em sua voz. O sorriso que eu tanto amava. “Na verdade não vai ser tão tarde assim. Em breve será minha vez”.

[Edward]

Ela realmente estava me surpreendendo. Claro que eu conseguia imaginar a extensão do desejo que a consumia. Eu via isso em seus olhos, nos lábios entreabertos, na respiração e nos gemidos, e tudo aquilo me levava à beira da insanidade, como se sua paixão alimentasse a minha. Quando beijei seu pescoço pela primeira vez naquela noite, tive que refrear a vontade súbita de mordê-la, de beber sua vida até o final, de saciar aquela sede que muitas vezes ainda surgia, apesar do controle que consegui desenvolver, de provar novamente aquele gosto infinitamente delicioso que era o do seu sangue.

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