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segunda-feira, 6 de setembro de 2010

“Eu prometi que iríamos tentar... Se eu fizer alguma coisa errada, se eu machucar você, você deve me dizer imediatamente”. Era uma ordem, não uma pergunta. Eu tinha que deixar isso bem claro, porque ela simplesmente não conseguia se conter. Esse papel sempre era meu. Ela assentiu, parecendo me levar com seriedade. Deu um passo à frente, e encostou a cabeça no meu peito. Pude sentir sua respiração quente contra minha pele, rápida, profunda. Eu não queria magoá-la, não queria perturbar aquele momento que já era tão complexo. Busquei algo para dizer que pudesse tranqüilizá-la. Mas ela foi mais rápida do que minha mente.
“Não se preocupe”, sua voz era um murmúrio. “Nós pertencemos um ao outro”. Aquelas palavras me emocionaram de uma forma indescritível, e removeram uma parte do meu medo de forma mais eficiente do que todas as minhas racionalizações. Suspirei profundamente, inalando o cheiro suave que vinha dos seus cabelos, misturado com o cheiro intenso dela toda. Puxei seu corpo para mais perto de mim, pousando minhas mãos em suas costas, colando minha pele contra a dela com cuidado, me deliciando com o calor que irradiava dela e do ambiente. Era a primeira vez que eu a tocava daquela forma tão completa, e sorri levemente ao pensar que era apenas o começo.
“Para sempre”, foi tudo em que consegui pensar, antes de puxá-la mais para o fundo da água. Naquele momento eu era apenas e somente uma parte dela.

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